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Prefeito interino de Itapemirim nomeia esposa e irmão como secretários após prefeito e vice serem cassados pela justiça eleitoral

Zé Lima era presidente da Câmara dos Vereadores e foi empossado no novo cargo no último sábado, após a Justiça Eleitoral cassar o mandato do ex-prefeito Thiago Peçanha Soares e do vice dele, Nilton Cesar Santos, o Niltinho.

O prefeito interino de Itapemirim, José de Oliveira Lima, o Zé Lima (PDT), nomeou a esposa e o irmão dele como secretários municipais. Sueli de Andrade Lima assumiu o cargo de secretária de Assistência Social. Já Isaías de Oliveira Lima é o novo secretário de Gerência Geral do município do Sul do Estado.

Zé Lima era presidente da Câmara dos Vereadores e foi empossado como prefeito interino de Itapemirim no último sábado (02), após a Justiça Eleitoral cassar o mandato do ex-prefeito Thiago Peçanha Soares e do vice dele, Nilton Cesar Santos, o Niltinho, ambos do Republicanos. A nomeação dos parentes do atual prefeito ocorreu no domingo (03).

Atualmente, o salário de um secretário de Assistência Social em Itapemirim é de pouco mais de R$ 6 mil. Já a remuneração do secretário de Gerência Geral gira em torno de R$ 5,5 mil.

Especialistas ouvidos pelo jornalismo da TV Vitória/Record TV afirmam que a nomeação de parentes para a função de secretário não configura nepotismo, por se tratar de um cargo de confiança.

A Prefeitura de Itapemirim não comentou sobre as nomeações.

Prefeito interino permanece até realização de novas eleições em Itapemirim

Zé Lima permanecerá como prefeito em exercício de Itapemirim até a realização de uma nova eleição no município, ainda a ser marcada pela Justiça Eleitoral. Na última quinta-feira (31), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a saída definitiva de Thiago Peçanha e de Niltinho de seus cargos. Eles haviam sido eleitos em 2020.




A decisão do TSE revoga a liminar que mantinha Thiago Peçanha e Nilton Cesar Santos em seus cargos. Além disso, torna Peçanha inelegível por oito anos.

Os dois haviam sido cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) por abuso de poder político, nomeações e contratações exageradas de servidores comissionados e estagiários, além de veiculação de publicidade institucional em período não permitido.

A cassação de Thiago Peçanha e de Nilton César Soares foi determinada pelo TRE-ES em fevereiro do ano passado. A decisão foi baseada em um pedido da chapa do candidato derrotado, Doutor Antônio (PP), da coligação "Nosso povo, nossa missão".

No pedido, a coligação aponta uso de recursos da prefeitura para fazer propaganda pessoal do prefeito, uso do Diário Oficial do município para fazer propaganda de feitos de sua gestão, favorecimentos a produtores rurais da cidade, abuso de poder político, com a criação de vagas de estágio na prefeitura, entre outras medidas.